Na manhã desta segunda-feira (7), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) promoveu o lançamento de projetos beneficiados por emendas parlamentares do deputado federal Vander Loubet (PT-MS). Durante a solenidade, a reitora Camila Ítavo exaltou o trabalho do deputado em prol da Universidade e seus projetos.
“O Vander, em vários momentos, me aconselhou. Isso tem sido importante. A todo o momento que precisamos de um apoio, uma ajuda, ligo para o Vander e sua equipe e temos apoio, enquanto universidade”, disse a reitora.
Além dos projetos financiados por emendas individuais do deputado, Camila também lembrou que Vander abriu as portas da UFMS para que outros parlamentares hipotecassem apoio à Universidade por meio de emendas de bancada. “Em breve, inauguraremos a primeira etapa do Autocine, que tem as mãos e a articulação do deputado Vander”, citou a reitora, ao se referir ao projeto de revitalização do Autocine, localizado na Cidade Universitária de Campo Grande.
Ainda em sua fala, a reitora elogiou a visão do deputado, que entende a ciência e a universidade pública como base para o desenvolvimento competitivo, inclusivo, social, que faz diferença nas comunidades alcançadas pelos projetos da UFMS. “Sem falar da sua postura de diálogo e respeito”, concluiu Camila Ítavo.
Qualidade e capacidade
Ao falar no evento, o deputado Vander destacou seu papel na busca por recursos e investimentos para projetos que beneficiem a população por meio do conhecimento produzido na academia.
“Pela minha experiência, cumpro muito esse papel, pois esses projetos são importantíssimos, chegam lá na ponta e atendem demandas do nosso povo mais sofrido. A universidade pública tem que cumprir esse papel. Queremos, cada vez mais, consolidar essa relação do meu mandato com a UFMS e ampliar esses projetos, pois nós sabemos da qualidade e da capacidade que temos na Universidade”, defendeu o parlamentar.
Multidisciplinaridade
Os projetos de ensino, pesquisa e extensão da UFMS financiados pelas emendas do deputado Vander se destacam por abranger múltiplas áreas da ciência e do conhecimento. De 2017 até este ano, são cerca de 40 projetos beneficiados, que focam a agricultura familiar, a cultura, o saneamento básico, a saúde, a Rota Bioceânica e o turismo, entre outras áreas.
Durante a solenidade desta segunda-feira, os destaques foram os projetos “Horta na Aldeia – Agricultura Periurbana e Permacultura em Comunidades Tradicionais e em Situação de Vulnerabilidade Socioeconômica”, “Reforma e Revitalização da Farmácia Escola” e “Água Dura – Solução para Comunidades Vulneráveis”.
Iniciado em 2018, o Horta na Aldeia tem levado a aldeias indígenas e outras comunidades estrutura e técnicas para produção e comercialização de hortaliças. Atende 12 comunidades em oito municípios: Anastácio (Aldeia Aldeinha), Aquidauana (Aldeia Lagoinha), Campo Grande (Aldeia Água Bonita, Comunidade Filantrópica Viver Natural e Comunidade Quilombola Chácara Buriti), Dois Irmãos do Buriti (Aldeia Nova Buriti, Aldeia André e Aldeia Barreirinho), Miranda (Aldeia Mãe Terra), Rio Verde de Mato Grosso (Comunidade Kolping Frei Tomás) e Sidrolândia (Aldeia 10 de Maio).
A produção de hortaliças, além de atender necessidades nutricionais das próprias comunidades, também é direcionada a atender programas governamentais, como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), o que garante geração de renda para as famílias produtoras. De acordo com a coordenação do projeto, as três primeiras etapas geraram mais de R$ 700 mil em vendas, o que atesta o sucesso da iniciativa.
A reforma e revitalização da Farmácia Escola da UFMS foi iniciada em 2024 e inaugurada no início deste ano. Com os recursos disponibilizados pelo deputado Vander, foi possível modernizar e melhorar as instalações da unidade, adaptando-a para atender normas do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e da Vigilância Sanitária.
Além de ser um espaço para a formação de acadêmicos da Universidade, a Farmácia Escola funciona em cooperação com a Casa da Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES), fornecendo medicamentos de alto custo para pacientes com esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, esclerose sistêmica, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica. Anualmente, são atendidos mais de 650 pacientes de todo o estado, com cerca de 7.800 dispensações de medicamentos.
Por fim, temos o projeto da água dura, expressão usada para definir a água que possui alta concentração de cálcio e magnésio, que formam sais insolúveis. Além da água dura, o projeto também focou o problema da água salobra, já que ambas são consideradas impróprias para o consumo humano.
A partir da necessidade de comunidades vulneráveis nas regiões do Pantanal e da Serra da Bodoquena, a equipe de professores e pesquisadores da UFMS desenvolveram o protótipo de um sistema de filtragem operado a partir de energia fotovoltaica. O sistema apresentou eficiência média de remoção de 83%, chegando a 90% nos casos de dureza, cálcio, sulfato e turbidez e atendendo os parâmetros máximos estabelecidos para água potável definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e pelo Ministério da Saúde.
Texto: Éder F. Yanaguita Fotos: Alex Nantes