História, arte e política

Vander Loubet*

“Sabe de onde vem o agronegócio brasileiro, que hoje é uma realidade fantástica? No cabo de uma enxada, no quintal das casas de nossos antepassados, é aí que começa tudo.” (Renato Teixeira)

No dia 16 de fevereiro, um domingo, dia em que costumo curtir minha família, em especial minhas netas Liz e Maya, pude assistir o belo programa “Viver Sertanejo”, da Rede Globo, onde o cantor Daniel conversou com Renato Teixeira, Sérgio Reis e Bruna Viola – renovação do sertanejo raiz e mais uma artista que brota literalmente do Mato Grosso do Sul profundo.

Fiquei emocionado com o programa, rememorando músicas como “Amanheceu, peguei a viola”, “Romaria”, “Menino da porteira” e “Tocando em frente”, que são parte da minha história e da história musical do nosso país.

Em certo momento do programa, Renato Teixeira, com a capacidade de síntese que só artistas do seu talento possuem, expressou uma frase, uma síntese, do que de fato penso, mas não havia me ocorrido: “o agronegócio brasileiro começou no cabo de uma enxada”.

Comecei minha vida literalmente no cabo de uma enxada e no tanger do gado pantaneiro, na minha querida Porto Murtinho, de onde saí para a vida, incluindo Brasília.

Acredito, efetivamente, que o nosso agro de hoje nasceu no cabo da enxada. Por isso, o agronegócio, a agricultura familiar e todas as formas de uso da terra são somente formas distintas de ocupação e desenvolvimento socioeconômico. Não são antagônicos, mas sim complementares, em conexão permanente.

No caso específico do Brasil, essas cadeias produtivas são essenciais e podem contribuir com a superação dos desafios presentes, especialmente o de barateamento dos alimentos e o da redução do custo de vida no país.

Sou deputado federal por Mato Grosso do Sul, cumprindo o sexto mandato consecutivo, sendo o federal com mandato mais longevo em nosso estado, superando inclusive o saudoso Nelson Trad (pai), com quem tive a honra de compartilhar duas legislaturas. E uma coisa que sempre tive comigo nesse período é que a política é uma forma de arte, a arte de buscar consensos. Sempre convivi com ideias e posições diferentes, respeitando-as e buscando a conciliação. Esta é uma das razões – entre outras – pela qual pretendo continuar representando Mato Grosso do Sul, desta vez no Senado da República.

Ainda no espírito do “Viver Sertanejo”, termino essa breve reflexão com o “Tocando em frente”, parceria de Renato Teixeira com nosso grande Almir Sater:

“Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza
De que muito pouco eu sei
Nada sei”

*Deputado federal pelo PT-MS

REDES SOCIAIS

FIQUE ATUALIZADO

CADASTRE-SE

EMENDAS PARLAMENTARES

Conheça o trabalho do deputado Vander nos municípios

MULTIMÍDIA