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Depois de quatro meses, sete palestrantes de alto nível e enorme sucesso de público, o projeto Diálogos Contemporâneos encerra a edição deste ano em Campo Grande na próxima segunda-feira (11 de junho) com um tema que vai arrebatar, sobretudo, o público feminino. O tema da oitava e última conferência será “O espaço do amor e da afetividade nas grandes cidades”, com a antropóloga e escritora Mirian Goldenberg, conhecida do grande público pelas suas frequentes participações em programas de TV e pelas inúmeras publicações, como “Toda Mulher é meio Leila Diniz”, “De perto ninguém é normal”, “O corpo como capital”, “Coroas” e “Por que homens e mulheres traem?”.
A palestra de Mirian será realizada na Câmara Municipal, às 19 horas, com entrada franca. Ingressos serão distribuídos no local a partir das 18 horas. O projeto Diálogos Contemporâneos é uma realização da Associação Amigos do Cinema e da Cultura e foi viabilizado por meio de emenda parlamentar dos deputados federais Vander Loubet e Zeca do PT pelo Ministério da Cultura.
Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mirian Goldenberg é colunista do jornal Folha de S. Paulo desde 2010 e desde 1988 realiza pesquisas que têm como foco os novos arranjos conjugais na cultura brasileira.
Sua palestra em Campo Grande será em torno das mudanças das representações, significados, desejos e medos de homens e mulheres a respeito de questões como amor, fidelidade, felicidade, liberdade, casamento e família. Questões que, segundo a antropóloga, surgiram em 25 anos de pesquisas antropológicas realizadas no Brasil com 5.000 mulheres e homens, em comparação com dados levantados em outras culturas.
A autora e pesquisadora também pretender mostrar as diferenças entre visões, comportamentos e valores dos brasileiros de diferentes gerações, além de aprofundar a discussão sobre a importância da felicidade, da liberdade, da fidelidade, das amizades em tempo de tanto ódio e violência.
Seu recente livro “Por que os homens preferem mulheres mais velhas?” é resultado de uma extensa investigação sobre a questão que a inquieta há alguns anos: se o casamento com homens “inferiores” é algo desviante na nossa cultura, por que algumas mulheres se casam com homens mais jovens? Mais ainda: se a juventude feminina é um capital, por que alguns homens se casam com mulheres mais velhas?
De todos os tipos de casamento que estudou, o que parece mais feliz é exatamente aquele em que a mulher é mais velha do que o marido. Somente aí ela percebeu um equilíbrio que, se não evita, ao menos minimiza os jogos de dominação, os conflitos e as disputas presentes em casamentos considerados “normais” ou “convencionais”.
Como se pode perceber, a palestra será instigante e reveladora. Não dá para perder!