Será lançado na próxima segunda-feira (10) o projeto “Agricultura Periurbana em Comunidades Indigenas no Mato Grosso do Sul”, cuja proposta é implantar um sistema de produção de hortaliças, com estufas para produção de mudas e telados para o plantio em sistema de área protegida nas comunidades indígenas no meio urbano. O evento será realizado às 16 horas, no Anfiteatro 2 do Centro Multiuso do campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em Campo Grande.
A iniciativa conta com o apoio dos deputados federais Vander Loubet e Zeca do PT, que viabilizaram emendas parlamentares para a execução do projeto. O recurso foi empenhado pelo Orçamento Geral da União de 2017 e soma R$ 500 mil.
“Os recursos serão investidos na compra de insumos: sementes, adubo e o material para construir as estufas”, explica Zeca. “A assistência técnica e a coordenação do trabalho vão ficar a cargo da Universidade e da Agraer [Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural], que também é parceira do trabalho”, complementa Vander.
A coordenadora do projeto, professora doutora Vanderleia Paes Leite Mussi, da Faculdade de Ciências Humanas (Fach) da , destaca que o projeto nasceu como desdobramento do “I Seminário de Direitos Humanos e Políticas Públicas para os Povos Indígenas em Contexto Urbano”, no qual foram discutidas questões do cotidiano das comunidades indígenas, com foco em trabalho, educação, saúde, habitação, assistência social, lazer e identidade cultural.
“O sistema a ser implantado é complexo e necessita de infraestrutura eficaz, como ambiente, energia, água, ferramentas e insumos. Tudo isso acrescido de um plano eficiente de negócio que envolva geração de energia, para aumentar a produção; reaproveitamento da água, para reduzir custos; tornando a produção sustentável e facilitando a comercialização dos produtos”, salienta a professora.
O projeto espera contribuir para nortear e fomentar políticas públicas para povos indígenas em contextos urbanos. Também almeja propiciar modelos de ação que possam gerar renda para as aldeias indígenas, contribuindo com a autonomia e sustentabilidade de todas as comunidades que aderirem ao projeto. Inicialmente serão atendidas as aldeias Água Bonita (Campo Grande), 10 de Maio (Sidrolândia) e Aldeinha (Anastácio), além da comunidade do Bairro Lageado, na Capital.