A proposta do governo é elevar o tempo mínimo obrigatório de contribuição para a Previdência de 15 para 20 anos.
Essa medida agravará as desigualdades sociais. Isso porque a dificuldade para completar o tempo mínimo de contribuição de 20 anos deverá excluir muitos trabalhadores da Previdência, especialmente os de menores rendimentos, que são aqueles que mais sofrem com a informalidade e com a instabilidade no mercado de trabalho, agravados com a Reforma Trabalhista e a Terceirização Sem Limites recentemente implantadas.
Além disso, de acordo com o projeto do governo, para ter direito ao benefício integral da aposentadoria, o trabalhador terá que contribuir com a Previdência por 40 anos. Em um país no qual os trabalhadores mais pobres sofrem com vínculos precários e maior rotatividade – o que já dificulta alcançar 20 anos de contribuição -, será praticamente impossível conseguir atingir esses 40 anos.