O projeto do governo trata os servidores públicos como se fossem privilegiados. Isso não é verdade. Há sim casos de privilégios, mas a maioria esmagadora dos servidores são trabalhadores comuns, que estudaram, passaram em concursos e cumprem um papel importante.
Ao invés de atacar os servidores, o projeto do governo deveria combater os grandes sonegadores da Previdência, que devem quase R$ 1 trilhão.
Desse total, R$ 450 bilhões se referem a empresas privadas. Esses débitos decorrem da falta de repasse das contribuições por parte dos empregadores mas também da prática empresarial de reter a parcela contributiva dos trabalhadores, o que configura uma dupla maldade: além de não repassar o dinheiro à Previdência Social, esses empresários embolsam recursos que não lhes pertencem.