Para o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), o excesso de centralismo e a ausência de participação democrática na gestão de Campo Grande são as causas dos principais problemas que afetam a população, como o caos no sistema público de saúde e a sobrecarga de impostos. “Este modelo já saturou, está vencido”, sentenciou Vander ao ser entrevistado na manhã desta segunda-feira (20) pelos jornalistas Marquinho Faria e Sérgio Cruz, no programa Tribuna Livre da Rádio FM Capital.
Ao reiterar o propósito de candidatar-se a prefeito em 2012, o deputado chamou a atenção para o desagrado latente da população com a falta de respostas eficientes do poder público a problemas que, a seu ver, deveriam estar resolvidos. “Até as pesquisas mostram que a saúde pública piorou, embora há quase 16 anos a cidade esteja sendo governada por médicos [André Puccinelli, de 1997 a 2004, e Nelsinho Trad, de 2005 a 2008 e reeleito para continuar até 2012]. E a Santa Casa? Vai continuar esse modelo que está aí? É problema de gestão”, afirmou.
Segundo o parlamentar, faz-se necessário buscar um modelo renovado de administração, democrático e participativo, para discutir medidas como a implantação de subprefeituras e outras providências adequadas ao crescimento e às demandas de um município do porte de Campo Grande. Outro problema crônico que precisa ser enfrentado com uma visão diferenciada é o do excesso de impostos e o alto custo dos serviços públicos na capital sul-mato-grossense.
Vander criticou a política tributária em vigor, citando os exageros do IPTU em Campo Grande, da tarifa de energia elétrica no estado e a concentração de tributos nas mãos do governo federal. Ressaltou a repercussão popular da campanha “Menos Impostos, Mais Cidadania”, que está desenvolvendo em parceria com o vereador Alex (PT). Porém, ressalvou que esse debate será assentado durante o processo de definição das candidaturas e do programa de governo do PT para 2012.
União
Vander disse estar bem consciente sobre seu papel político e partidário na sucessão campo-grandense. É pré-candidato, mas não abre mão do apoio do ex-governador Zeca do PT e do senador Delcídio do Amaral, além da aliança com o PDT. “Se o Zeca for candidato a prefeito, tudo bem, ele é o melhor nome do PT hoje para essa disputa. Terá meu apoio e o apoio do Delcídio também”, frisou, ao proclamar que as duas lideranças petistas já apararam as arestas. “Os projetos de ambos não se chocam mais. Delcídio é nosso candidato para 2014, sem problemas, mas essa disputa passa por 2012”, avaliou.
Na opinião do petista, o PDT do ex-deputado Dagoberto Nogueira é peça decisiva na sucessão local. Ele diz que a aliança PT-PDT vai depender de onde Dagoberto estiver no próximo ano, lembrando que o aliado está na cotado para ser nomeado pelo governo da presidenta Dilma para comandar a Eletrosul. “Se o Dagoberto for nomeado para a Eletrosul, é uma situação. Se não for, é outra. Se ele estiver bem na pesquisa, ajuda também. Mas eu, pessoalmente, prefiro o PDT ao nosso lado”.
(Edson Moraes/Assessoria de Comunicação)