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Vander: País optou por mais e novos avanços

Dilma Rousseff e Vander Loubet
Dilma Rousseff e Vander Loubet

Para o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), a vitória de Dilma Rousseff não foi o resultado simples de uma escolha plebiscitária da sociedade. A seu ver, os eleitores demonstraram que, além do desejo de consolidar as certezas construídas no governo Lula, também querem, nesse mesmo caminho, buscar novas possibilidades que ainda faltam para o País. “Há necessidade de mais avanços, tanto no cenário da inclusão social quanto nos investimentos em infraestrutura. E a população optou por preservar o que está dando certo, mas sem perder seu nível de exigência”, avalia Vander.

Segundo o parlamentar, as experiências vitoriosas da gestão de Lula precisam ser aperfeiçoadas por Dilma. Ele também defende que o governo e o PT restabeleçam, na plenitude, a atenção com questões cruciais e inegociáveis, como a defesa dos postulados programáticos, o cuidado na afirmação dos princípios éticos e mais envolvimento na busca de soluções para desafios de ponta como a segurança pública, a educação, a saúde e a sustentabilidade.

“A alegria e a celebração pela vitória não podem sufocar nossa capacidade de autocrítica. É preciso que o partido se debruce na própria história e avalie tudo que viveu como oposição e como governo. É fundamental fazer essa avaliação para que se aperfeiçoem os acertos e não se repitam os erros”, defendeu Vander. O deputado destaca a importância do amadurecimento da democracia no Brasil e vê o PT como grande fiador desse processo. “Se foi a sociedade que legitimou e avalizou o resgate democrático, o PT foi uma de suas principais ferramentas”.

Vander entende que, ao quebrar dois antigos e históricos tabus da democracia representativa do País, elegendo primeiro um operário e agora uma mulher para chefiar o governo, a população comprovou sua vocação libertária e a opção pelo combate às desigualdades. “A vitória da Dilma é como se fosse a renovação da vitória do Lula, ambas movidas pelo sentimento de justiça social e de quebra de barreiras. Mas há em tudo isso diferenças pontuais que valorizam as características de Lula e de Dilma, tendo como suporte comum o compromisso com um Brasil renovado, soberano e capacitado para resolver todas as suas demandas”.

PLANO REGIONAL

Sobre os desdobramentos das eleições deste ano para o PT em Mato Grosso do Sul, o deputado Vander considera que o partido, por meio da sua direção, será chamado a um grande debate interno. “Temos muitas coisas para discutir, avaliar e decidir. Tivemos vitórias políticas excepcionais este ano. O desempenho do Zeca, numa campanha do tostão contra o milhão, num combate desigual, foi magnífico. Ele ficou com cerca de um terço dos votos válidos. A reeleição do Delcídio, mais votado que o governador reeleito, a eleição dos estaduais e de dois federais, juntando com a vitória da Dilma, vêm somar como acúmulo para as eleições municipais de 2012”, constata.

Vander, porém, salienta ser necessário que o PT cuide com prioridade absoluta do seu víés de partido programático. “Nossa essência é o compromisso com a busca de soluções estruturais para os principais problemas da sociedade, sobretudo os que geram desigualdades e concentração de renda. Por isso o PT é o partido do debate e não pode perder essa essência. O PT precisa amplificar ainda mais sua voz e se fazer melhor ouvido pela população para dizer o que pensa, para mostrar que tem propostas e soluções para os problemas da segurança pública, do caos na saúde, das deficiências na educação e no transporte, da necessidade de um planejamento eficiente para conciliar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade”, assinala o deputado.

Se no governo Lula o Estado foi contemplado com generosas fatias de recursos federais, sua sucessora vai trilhar o mesmo caminho, opina Vander. “Quando ainda era ministra, a Dilma já nos dava uma atenção especial. Essa atenção se transformava em acolhida às nossas reivindicações e tornou-se ainda mais efetiva com o lançamento do PAC [Plano de Aceleração do Crescimento]. Não por acaso, com o volume de dinheiro que o PAC vem injetando em Mato Grosso do Sul, diz-se que o Lula é o grande governador do Estado. E a Dilma sempre fortaleceu essa paternidade. Na Presidência, não será diferente. Aliás, será melhor, não tenho dúvida alguma”, conclui.

(Edson Moraes – Assessoria de Comunicação)

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