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Vander busca autorização do Inmetro para recapeamento de pneus para motos

Com o objetivo de reduzir o preço dos pneus do mercado de motocicletas, os deputados federais Vander Loubet (PT-MS) e Carlos Zarattini (PT-SP) iniciaram na semana passada um movimento para que pneus de motos possam ser recapeados no Brasil.

“Esse tipo de processo já é feito em vários países do mundo, a maioria. Porém, no Brasil, a legislação proíbe”, explica Zarattini.

Já Vander lembra que o recapeamento de pneus já é uma realidade no Brasil, atendendo a automóveis, caminhões e ônibus. “Estamos buscando, agora, que isso possa se estender às motos também”, pontua o deputado sul-mato-grossense.

Os deputados estiveram na sede do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Em audiência com o presidente da autarquia, Márcio André Oliveira Brito, discutiram a mudança da norma.

“É uma demanda muito grande. Com o recapeamento sendo autorizado, a gente espera poder ter pneus mais baratos no mercado para que todos os motociclistas possam economizar, tudo com a devida segurança e regulamentação necessárias. Além disso, não se pode desconsiderar a questão ambiental, já que pneu recapeado também contribui nesse sentido”, conclui Vander.

Onda verde

O mercado de recapagem de pneus no Brasil evoluiu na última década, especialmente com as novas tecnologias de automatização. Há 20 anos, a atividade se limitava à atuação em borracharias, normalmente instaladas na periferia das cidades.

Atualmente, empresas estruturadas investem no setor e oferecem serviços especializados, prestados por profissionais capacitados no ofício. O segmento tem um faturamento anual de R$ 5 bilhões (considerando as unidades reformadoras de pneus e os fabricantes de matéria-prima), o que gera uma arrecadação de R$ 1 bilhão em impostos, além de garantir mais de 250 mil empregos diretos e indiretos, sendo a maioria em microempresas e companhias de pequeno porte.

Élcio Mendes, gestor comercial da NSA Pneutec, explica que a reforma de pneus não é mais uma tendência futura de mercado, e sim uma realidade: “Vivemos um momento que o mundo exige cuidados com o meio ambiente, e as novas práticas ESG, por exemplo, são essenciais para atravessar esse momento de crise global e garantir a sustentabilidade”, afirma.

Para a fabricação de um pneu comercial novo, são utilizados 79 litros de petróleo, enquanto, um pneu reformado, consome cerca de 29 litros. Já nos pneus de veículos usuais das pessoas no dia a dia (carros e motos), a fabricação de um novo pneu precisa de 27 litros e, um reformado, apenas nove litros. Essa diferença possibilitou, em dez anos, uma economia de mais de cinco bilhões de litros de petróleo, o que significa que 26 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidos na atmosfera, no mesmo período.

Texto: Éder F. Yanaguita, com informações do portal Catve.com
Fotos: Ascom/Dep. Carlos Zarattini

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