Na quarta-feira (15), foi instalada em Brasília a Frente Parlamentar Brasil-China do Congresso Nacional. A atividade foi realizada em conjunto com o lançamento da Frente do BRICS, agrupamento econômico atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A programação movimentou missões diplomáticas estrangeiras e recebeu autoridades de todo o Brasil.
Na oportunidade, o órgão suprapartidário deu posse à sua Diretoria na 57ª legislatura do Parlamento Federal: como presidente, o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP); como vice-presidentes os deputados federais Gutemberg Reis (MDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PSD-MG), Vander Loubet (PT-MS), Cláudio Cajado (PP-BA) e Carlos Zarattini (PT-SP) e o senador Chico Rodrigues (PSB-RR); como secretário-geral, o deputado federal Acácio Favacho (MDB-AP).
Comitiva
Também nesta quarta, Vander Loubet recebeu oficialmente o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhar, junto com os demais dirigentes da Frente, a comitiva que vai à China no final deste mês.
“Aceitei prontamente o convite, afinal, a China é o principal destino das exportações do nosso estado e o fortalecimento das relações diplomáticas e comerciais com os chineses é do nosso total interesse”, destacou o deputado, único parlamentar da Região Centro-Oeste na viagem.
Para Vander, há diversos pontos que podem ser colocados na mesa de diálogo com os chineses para beneficiar Mato Grosso do Sul.
“Tem um conjunto de áreas que queremos abordar. Desde a posse do presidente Lula, tenho feito agendas junto às autoridades chinesas para resolvermos uma demanda reprimida que ficou por causa do comportamento do governo anterior com a China, que não era amigável. Temos uma lista grande de plantas frigoríficas no Brasil que aguardam sinal verde dos chineses para exportar para lá”, explica.
Segundo ele, um esforço inicial já garantiu que dezenas de empresas fossem habilitadas, inclusive um frigorífico de frangos do estado. “Mas tem mais empresas aguardando esse aval”, completa o parlamentar.
Vander também reforça que está buscando espaço para empresas de pequeno e médio porte no mercado de exportações e que há mais oportunidades de negócios com os chineses. “Hoje, cerca de 70% do mercado de exportação de carne está concentrado em apenas três grandes grupos. Precisamos mudar essa realidade. Fora isso, queremos buscar os investimentos chineses em outras áreas estratégicas, como infraestrutura rodoviária (incluindo a Rota Bioceânica), ferrovias, produção de fertilizantes, entre outros”, conclui.
Texto: Éder F. Yanaguita