O programa Luz para Todos completou dez anos este mês com o saldo de 15 milhões de pessoas atendidas nas áreas rurais de todo o país, o que representa 3,1 milhões de famílias. Até agora, foram investidos mais de R$ 20 bilhões nessa iniciativa, destacou a presidenta Dilma Rousseff na edição de segunda-feira (18) do programa semanal de rádio Café com a Presidenta. Mas o objetivo é mais ambicioso. “Nossa meta agora é chegar, até o final do meu governo, com 3,37 milhões de famílias atendidas”, disse.
Dilma lembrou que era ministra de Minas e Energia no governo Lula quando o Luz para Todos foi lançado, então com a meta de atender 2 milhões de famílias. “À medida que as distribuidoras de energia chegavam aos lugares mais distantes para fazer as ligações, fomos descobrindo que havia mais famílias sem luz do que os dados do censo do ano de 2000 indicavam. Então descobrimos mais 1 milhão de famílias que precisavam ser atendidas”, revelou. Foi assim que o objetivo foi revisado. A ideia é que nenhuma família brasileira fique sem acesso à energia elétrica.
Para o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), que sempre apoiou o programa, especialmente em Mato Grosso do Sul, o Luz para Todos representa mais cidadania e dignidade para as pessoas. “Muitas vezes nós, que moramos em cidades bem servidas de serviços públicos, não temos a noção da carência que passam muitas regiões do nosso país. Não dá para imaginar a vida hoje sem energia. Por isso, com o Luz para Todos, os lugares mais distantes e isolados do Brasil passaram a contar com dignidade e prosperidade. As casas beneficiadas passaram a poder ter uma geladeira, um chuveiro elétrico, uma televisão, uma máquina de lavar, um liquidificador e outros eletrodomésticos que dão conforto à vida” destacou.
Já Dilma lembrou que o Luz para Todos também garante melhores condições de vida para toda a comunidade que é atendida pelo programa. “As escolas começaram a funcionar de noite, os postos de saúde passam a armazenar vacinas e soros. Nas pequenas comunidades rurais, o agricultor pode ter um resfriador de leite, um moinho ou uma bomba d’água”, declarou.
Ainda segundo Dilma, em 2010 o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que mais 716 mil famílias ainda viviam sem energia elétrica no Brasil. Mais da metade dessas 716 mil famílias já foi contemplada. Agora o desafio é levar luz elétrica às 280 mil famílias restantes.
Em Mato Grosso do Sul, o deputado Vander estima que cerca de 20 mil famílias tenham sido beneficiadas. “Acompanhei o trabalho de perto entre 2003 e 2010 e nesse período ajudei a viabilizar mais de R$ 196 milhões para o Luz para Todos em nosso estado. Garantimos acesso à energia para pelo menos 100 mil pessoas nas áreas rurais”, declarou.
Vencendo obstáculos – A presidenta Dilma alertou que, muitas vezes, é preciso atravessar florestas e rios carregando postes, fios e transformadores no lombo de burros, em canoas ou até em helicópteros, passando cabos por baixo da água dos rios e do mar. Dilma citou que o Luz para Todos já instalou 88 quilômetros de cabos subaquáticos, em rios e no mar. Vander Loubet avalia que é um grande trabalho: “Literalmente, o Luz para Todos vem vencendo obstáculos”, analisou.
Em locais onde não há como estruturar uma rede elétrica com postes, as empresas estaduais de energia montam sistemas que aliam energia solar e energia eólica. “No caso desses dois sistemas não darem conta de gerar toda a energia que a comunidade precisa, ela é complementada por geradores a diesel”, destacou. No interior do Amazonas, citou Dilma, foi montado um sistema de 12 miniusinas de energia solar para garantir luz elétrica a 220 famílias nos municípios de Novo Airão, Eirunepé, Barcelos, Autazes, Maués e Beruri.
Os custos da instalação desses sistemas são pagos, na maior parte, pelo governo federal, explicou a presidente. Uma pequena parte é complementada pelas empresas distribuidoras de energia elétrica. As famílias só pagam a conta de luz no final do mês. “Essas famílias, aliás, pagam uma conta de luz menor porque, em sua grande maioria, são beneficiadas com a tarifa rural, que tem subsídio de 70%, ou com a tarifa social de energia”, destacou Dilma.
(Éder Yanaguita – Ascom/Deputado Vander, com informações da Agência Estado)
