Recompor os ganhos salariais dos trabalhadores é uma das prioridades da Santa Casa de Campo Grande, afirma o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), para quem a instituição precisa ser socorrida por um amplo e revitalizado mutirão de apoio em todos os níveis políticos, sociais e institucionais. O comentário de Vander reporta-se aos problemas que assolam o hospital, cujos enfermeiros entraram em greve no dia 23 de agosto e diversas estruturas de atendimento não estão funcionando. O hospital hoje opera fora do limite técnico e operacional por causa dos problemas.
“Trata-se, antes de tudo, de um dos maiores patrimônios humanísticos e sociais de Campo Grande, um dos principais estabelecimentos do gênero no Brasil, um centro de dedicada especialização na obra de salvar e proteger vidas”, afirmou. Ele diz ser “absolutamente urgente e inadiável” que todos os detentores de mandatos legislativos e executivos, dirigentes dos poderes públicos e da sociedade organizada se mobilizem para procurar as soluções.
“Não importa quem dirige a Santa Casa. A responsabilidade é de todo mundo, mesmo sendo uma instituição de natureza privada. O hospital recebe recursos para fazer o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sem ele a população mais carente é prejudicada, até porque toda a rede de atendimento público vive congestionada pelas demandas locais e de outros municípios, estados e até países vizinhos”, analisou.
Esforço
Vander lembra que já aconteceram outras mobilizações políticas e sociais para impedir o fechamento do hospital, atualmente administrado por uma junta interventora. “Esse esforço deve acontecer tantas vezes quantas forem necessárias”, insiste. O deputado salienta que cabe também aos governos estadual e municipais adotarem políticas efetivas e eficientes de controle e racionalização dos atendimentos, já que grande parte da clientela da Santa Casa é “exportada” por prefeituras, muitas vezes sem necessidade.
“Há muitos pacientes que podem ser atendidos em seu próprio município. A questão é que já existe uma cultura arraigada de enviar as pessoas para Campo Grande e a Santa Casa tem tradição de atender. Um dia, excede o limite, o recurso se esvai e ocorre problemas como a queda de qualidade no atendimento e a impossibilidade de melhorar a remuneração dos trabalhadores”, assinalou.
Para o deputado, o governo estadual ou quem tiver tal competência poderia orientar e conscientizar quem for preciso a fazer o possível para não congestionar a demanda. Vander ainda acredita que a reivindicação dos enfermeiros é justa. “Reconheço que o hospital enfrenta dificuldades. Porém, se não cuidar com prioridade de seus recursos humanos as dificuldades serão ainda maiores”, concluiu.
(Edson Moraes – Assessoria de Comunicação)