Aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, o projeto que denomina João Paulo II o trecho da BR-267 entre Rio Brilhante e Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, já está no Palácio do Planalto para ser submetido à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto, do deputado federal Vander Loubet (PT-MS), começou a tramitar no dia 8 de fevereiro de 2006, quando Vander o apresentou, recebendo o número 6611. Vander disse que sua iniciativa teve o objetivo de perpetuar o nome de um homem que lutou obstinadamente pela paz e pela união dos povos.
O deputado petista enfatiza que João Paulo II condenou o terrorismo e as manifestações de segregação, promoveu a aproximação com religiões monoteístas e reconciliou a fé e a ciência ao se penitenciar pelos erros cometidos contra Copérnico, Galileu e Darwin. “Foi, sobretudo, um peregrino da paz e da união entre os homens, deixando um belo exemplo de luta pela vida, pois mesmo com a saúde abalada, viajava levando a palavra de Deus”, completou o deputado.
A ESTRADA
A BR-267, um dos mais importantes e movimentados corredores da malha viária brasileira, corta os estados de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Do marco zero, em Leopoldina (MG), até Porto Murtinho (MS), na fronteira com o Paraguai, sua extensão total é de 1922 km. Em território sul-mato-grossense, a rodovia tem 683 km, desde Bataguassu, na divisa com São Paulo, até Porto Murtinho.
O projeto de Vander se aplicará ao trecho de 393,7 km entre Rio Brilhante e Porto Murtinho, que, a partir da sanção presidencial, se chamará João Paulo II. Dos demais trechos da BR-267, o único que até agora tem uma denominação específica é o que liga as cidades mineiras de Juiz de Fora e Poços de Caldas, a Rodovia Vital Brasil. Os outros trechos são conhecidos apenas como BR-267 e compreendem a maior parte da rodovia.
AMPARO LEGAL
Para apresentar o projeto Vander amparou-se na Lei 6.682, de 27 de agosto de 1979, que dispõe sobre a denominação de vias e estações terminais do Plano Nacional de Viação. Seu artigo 2º permite que, mediante lei especial, uma estação terminal ou trecho de via poderá receber, supletivamente, a designação de fato histórico ou o nome de pessoa falecida que tenha prestado relevante serviço à Nação ou à Humanidade.
Uma das lideranças religiosas mais importantes e benquistas da História em todos os tempos, Karol Wojtila (nome de batismo de João Paulo II) nasceu na Polônia em 18 de maio de 1920. Foi ordenado sacerdote católico em 1946 e eleito Papa em outubro de 1978. Das 104 viagens fora da Itália que fez em 26 anos de pontificado, três tiveram como destino o Brasil. Morreu em 2 de abril de 2005, um mês e meio antes de completar 85 anos, vítima do mal de Parkinson. Campo Grande teve a oportunidade de receber o Sumo Pontífice: foi em 21 de outubro de 1991, quando João Paulo II celebrou uma missa campal para dezenas de milhares de pessoas e visitou a Igreja Santo Antônio e o Hospital São Julião.
(Edson Moraes – Assessoria de Comunicação)