O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a Prefeitura de Campo Grande a contratar junto à Caixa Econômica Federal (CEF) os R$ 55 milhões destinados ao mais completo projeto de mobilidade urbana da história do município. Na reunião do CMN realizada ontem (22), só dois municípios brasileiros – Campo Grande e Rio de Janeiro – obtiveram aval para operações financeiras dessa natureza. No total, as duas capitais estão contratando R$ 100 milhões, que estavam represados no Orçamento e são destinados ao Programa Pró-Transporte.
A liberação dos recursos se concretizou mediante ação articulada pelo deputado federal Vander Loubet (PT-MS), a pedido do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), e contou com o respaldo dos deputados federais Dagoberto Nogueira (PDT-MS), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Cândido Vacarezza (PT-SP), líder do Governo na Câmara. A autorização do CMN é necessária porque o recurso sai dos cofres do Governo Federal. A Prefeitura entra com uma contrapartida de R$ 3 milhões. Segundo Nelsinho Trad, o Pró-Transporte vai revolucionar a logística de Campo Grande, com a construção de corredor exclusivo para ônibus, terminais de transporte coletivo e abrigos.
O diretor-presidente da Agência de Transportes e Trânsito de Campo Grande (Agetran), Rudel Trindade Junior, detalha que a maior parte da verba (R$ 35 milhões) será empregada na reformulação completa dos sinaleiros, com a troca de todos os semáforos existentes, e na implantação de uma das mais modernas centrais semafóricas do País, com tecnologia de ponta. Para implantar a nova sinalização, serão destinados R$ 6 milhões e outros R$ 6 milhões custearão a construção de mil novos abrigos em pontos de ônibus. O restante dos recursos vai financiar outras obras, como os 9 km de defensas metálicas (guard-rails), os 6 km de ciclovias na Avenida Guri Marques e 11 pontes e passarelas.
“Além do ganho em humanização com as opções de mobilidade urbana, o fluxo do tráfego vai melhorar e ser melhor distribuído, focalizando antes de tudo o conforto e a segurança das pessoas e a utilização eficiente dos espaços destinados aos veículos”, aposta Vander. Ele diz ser um investimento urgente e indispensável para uma cidade que caminha com velocidade para chegar ao primeiro milhão de habitantes e precisa de respostas para um trânsito com cerca de 350 mil veículos.
INSISTÊNCIA – Para conquistar o recurso, o prefeito esteve várias vezes em Brasília. No dia 28 de abril deste ano, ele e Vander explicaram a viabilidade do projeto aos técnicos do Tesouro Nacional (Ministério da Fazenda). A insistência funcionou. E abriu ainda uma porta para novos benefícios. Para viabilizar mais recursos, Vander, Nelsinho e Dagoberto se reuniram com o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza, a quem mostraram o Programa Multissetorial Integrado (PMI) de Campo Grande e pediram apoio para sua execução, que depende do financiamento de R$ 51 milhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Depois da reunião, Dagoberto afirmou que Vacarezza assumiu o compromisso de agilizar o trâmite burocrático. “Ele ligou para o Paulo Bernardo (ministro do Planejamento) e para o Guido Mantega (ministro da Fazenda) durante a reunião para solicitar empenho dos dois para que Campo Grande seja atendida o mais rápido possível”, contou o deputado pedetista, enfatizando que os técnicos do BNDES elogiaram o projeto campograndense.
(Edson Moraes – Assessoria Deputado Vander)