A comunidade indígena da Aldeia 10 de Maio, no município de Sidrolândia, começou a comercializar hortaliças provenientes de um projeto realizado em conjunto pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), pelo deputado federal Vander Loubet e pelo ex-deputado federal Zeca do PT.
Na feira da cidade, os indígenas agora exibem o produto do trabalho da aldeia urbana. Tudo cultivado de forma agroecológica em estufas e áreas teladas, comunitárias e individuais.
As hortas da Aldeia 10 de Maio fazem parte de um projeto batizado de “Agricultura Periurbana em Comunidades Indígenas no Mato Grosso do Sul”. A iniciativa foi viabilizada por meio de emenda parlamentar de R$ 500 mil de Vander e Zeca do PT, é coordenada pela professora Vanderleia Mussi, da UFMS, e tem engenheiro agrônomos da Agraer como responsáveis técnicos.
“Esse trabalho é fundamental para as comunidades indígenas, porque viabiliza uma atividade de geração de renda e ainda permite que a população ganhe mais uma opção de alimentos saudáveis”, destaca Vander. “E essa é só a primeira etapa. O projeto está ganhando uma visibilidade muito boa e outras comunidades já manifestaram o desejo de ser inseridas nesse trabalho”, complementa o parlamentar.
Nesta primeira fase, o projeto está atendendo as aldeias Água Bonita (Campo Grande), 10 de Maio (Sidrolândia) e Aldeinha (Anastácio). Também está sendo beneficiada a Comunidade Terapêutica do Lageado, em Campo Grande, uma iniciativa do Frei Jonas que atende cerca de 500 pessoas daquela região. É a única associação não indígena, mas com um trabalho social vigoroso que justifica a sua inclusão no projeto.
Cada comunidade recebe uma estufa com 84 metros quadrados e áreas com telas, todas equipadas com sistema de irrigação, o que permite a produção mesmo no Verão, quando as chuvas e o calor são intensos. Também são fornecidos insumos, sementes e ferramentas. Nas estufas são produzidas mudas de verduras folhosas (alface, couve, cheiro verde, almeirão, rúcula etc.) que serão transplantadas nos canteiros telados. O modelo de produção é sustentável, com economia de energia e água, e manejo de pragas sem uso de defensivos químicos.
(Éder F. Yanaguita – Ascom/Dep. Vander Loubet)