O Governo Federal, por meio da Petrobras, vai investir R$ 3,5 bilhões na retomada e conclusão da obra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III) em Três Lagoas. A expectativa é de que a nova mega fábrica de Mato Grosso do Sul entre em operação em 2028 e tenha capacidade de produção de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia por ano.
A fábrica começou a ser construída em 2010 e está parada desde 2015, após a deflagração da Operação Lava Jato, que causou a interrupção de dezenas de empreendimentos e acabou com 4,44 milhões de empregos, de acordo com estudos. Prioridade do governo do presidente Lula (PT), a indústria promete impulsionar a economia de MS e deverá ter um impacto expressivo no Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
A continuidade da implantação da UFN-III foi aprovada nesta sexta-feira (25) pelo Conselho de Administração da Petrobras. A decisão é fundamentada em criteriosa reavaliação do projeto que, à luz das premissas do Plano Estratégico 2024-2028, teve sua atratividade econômica confirmada para essa fase nos diferentes cenários previstos na sistemática de aprovação de projetos de investimento da Petrobras, inclusive com VPL (Valor Presente Líquido) positivo no cenário mais desafiador.
“A aprovação da retomada e conclusão da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas é uma vitória para o Mato Grosso do Sul e coroa uma luta nossa que começou no início da gestão do presidente Lula, quando apresentamos a ele a reivindicação dessa obra. Até porque ela não é importante só para nosso estado, é estratégica para todo o Brasil, porque vai contribuir para diminuir nossa dependência de fertilizantes importados”, pontua o deputado federal Vander Loubet, que coordenou a bancada de MS no Congresso Nacional até o dia 22 deste mês e foi um dos principais articuladores políticos pela conclusão da UFN-III.
O processo de reavaliação do projeto começou em 2023, no início do governo Lula, em função da aprovação do retorno da companhia ao segmento de fertilizantes. Com cerca de 80% de construção, a obra foi então incluída na nova fase do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), anunciado em 11 de agosto de 2023 pelo presidente Lula no Rio de Janeiro (RJ).
Texto: Edivaldo Bitencourt/O Jacaré Edição: Éder F. Yanaguita Fotos: Divulgação e Ricardo Stuckert