fbpx

Festival da Juventude realiza algo inédito no país, afirma escritor de 15 anos

A sala estava lotada. Os livrinhos vermelhos sobre uma mesa no palco (Antologia Festival da Juventude – Contos, Poemas e Crônicas) foram os destaques da cerimônia realizada na tarde desta segunda-feira (27) na Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Estavam presentes o deputado federal Vander Loubet (PT), o vereador Landmark Rios (PT), o produtor cultural Nilson Figueiredo, a reitora Camila Ítavo, o ex-reitor Marcelo Turine e o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Eduardo Mendes.

No púlpito, o orador anunciava o marco do lançamento do livro antológico da UFMS, que reúne 18 textos selecionados entre mais de 700 inscritos no concurso literário promovido pelo Festival da Juventude (FestJuv), realizado de 25 a 28 de abril de 2024. Os jovens autores, com idades entre 15 e 24 anos, abordaram temas como desumanização, preconceitos e lutas sociais, evidenciando uma forte conexão com questões contemporâneas.

Um dos autores, Nicholas Maciel, de 15 anos, estava emocionado segurando o primeiro livro no qual colaborou na vida. “Para mim, é importante fazer parte desse momento, tanto pela honra de ter seu trabalho sendo publicado, especialmente por uma instituição como a UFMS. Eu escrevo desde muito cedo, quase que obsessivamente, porque é um jeito que eu consigo de elucidar minha mente e colocar meus pensamentos num lugar só. Eu imagino que seja assim para muitos dos autores”, definiu.

O adolescente, estudante do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), destacou o ineditismo da ação do Festival da Juventude. “Essa oportunidade de ter um projeto especialmente para jovens escritores, editores, é algo inédito no país, não é muito comum de você achar editais. E eu acho que isso ajuda muito na cultura, para manter a nossa história, a cultura, especialmente aqui do Mato Grosso do Sul, que não é um estado que você pensa muito quando você pensa em cultura. Eu acho que é uma honra e é muito importante fazer parte de um momento histórico”, declarou.

Festival da Juventude realiza algo inédito no país, afirma escritor de 15 anos
Nicholas Maciel ao microfone no lançamento do livro na UFMS

O FestJuv é uma realização da UFMS e da Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC), entidade que tem Nilson Rodrigues como um dos seus principais produtores. Apesar de estar feliz com o momento, Nilson adiantou que pretende melhorar várias “coisas” na edição de 2025. “Eu acho que tem muita coisa para melhorar na presença, foi legal, mostrou a capacidade criativa, explorando as capacidades da galera. Possibilitar a produção e a publicação de um livro é incrível. As oficinas que tiveram foram importantes com os escritores que vieram. A gente sempre pode melhorar um pouco mais, talvez a gente tenha errado nos shows, talvez a gente tenha que focar mais nos escritores, talvez focar mais na parte formativa e ir melhorando, sabe? Essa parte da literatura acho que foi a mais legal, mobilizou a galera, o pessoal escreveu, está aí com o livro. Infelizmente, muitos não pudemos premiar, mas mobilizou, o pessoal foi escrever, foi tentar, mas o que interessa é isso, é botar essa turma para se expressar, seja qual for a linguagem”, analisou.

Segundo Nilson, as parcerias foram cruciais para a existência do Festival. “Sem o Vander e sem Marcelo Turine, não existiria o Festival. Poucas universidades fazem isso, poucas universidades fazem o que o Turine fez, pouca gente dá apoio à cultura, poucos parlamentares. E quem nos apoiou muito foi o Vander Loubet. Tínhamos no Conselho Gestor o Landmark Rios, que espero que ele, agora como vereador esperto, coloque a cultura como uma das prioridades. Cultura é algo muito maior do que uma expressão artística. Vamos trazer o debate sobre o futuro, sobre o projeto do país, o projeto de educação e de sociedade”, completou.

Dentro da UFMS, o FestJuv ofereceu workshops, palestras e apresentações culturais. Além da antologia, que se tornou uma referência literária no estado, a iniciativa buscou incentivar jovens talentos e aproximá-los da literatura e da cultura. Três mil exemplares do livro serão distribuídos gratuitamente para escolas públicas, bibliotecas e comunidades, reafirmando o compromisso com a educação e a promoção da leitura.

“É um momento de alegria quando a gente pensa em materializar o Festival da Juventude com a produção dos textos literários premiados, onde a gente tem a juventude mostrando que se interessa pela literatura, pela arte, pela cultura. E a gente tem esse movimento da efervescência cultural da universidade. E a cultura, a arte, ela nos transporta a outros mundos, ela nos forma de uma maneira integral. Então, agradecer todo o apoio do deputado Vander Loubet com a confiança na nossa universidade”, destacou a reitora da Universidade Federal, Camila Ítavo.

Festival da Juventude realiza algo inédito no país, afirma escritor de 15 anos
Deputado Vander Loubet na cerimônia de lançamento do livro na UFMS

O projeto foi financiado com apoio de diversas instituições e a maior parte do recurso veio de uma emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet. “Diversos políticos falam que são a favor da educação e da cultura, das artes, mas a maioria deles praticam muito pouco esse apoio. Estou falando de quem tem mandato. Meu mandato sempre foi muito voltado para a educação, para a cultura e artes”, explicou Vander.

“Se você pegar os grandes investimentos em cultura e arte, eu sempre estive muito presente. Você pega lá atrás, com o Zeca do PT, o Festival de Inverno de Bonito. Quando nós criamos eu era secretário de Governo. O Festival América do Sul, lá em Corumbá. As Temporadas Populares. O festival de cinema Bonito CineSur. E esse evento com a TV Morena, para a descoberta de talentos, o Fesmorena, que descobre autorias próprias e novos artistas”, relatou o deputado.

Integrante do Conselho Gestor que selecionou o Festival da Juventude como beneficiário de emenda, o agora vereador Landmark Rios (PT) destacou o simbolismo de permitir que as vozes da juventude sejam ouvidas. “Nós estamos aqui por eles, né? As vozes deles e delas, jovens, vão ecoar no infinito. Orgulho de ver esse livro, de saber que pudemos colaborar pela cultura da nossa cidade, do nosso estado, eternizando essas mensagens lindas do livro. Estamos no caminho certo. A educação e a cultura são a chave para o futuro da nossa nação”, concluiu.

Texto: Tero Queiroz/TeatrineTV
Edição: Éder F. Yanaguita
Fotos: Tero Queiroz/TeatrineTV e Divulgação/FestJuv

REDES SOCIAIS

FIQUE ATUALIZADO

CADASTRE-SE

EMENDAS PARLAMENTARES

Conheça o trabalho do deputado Vander nos municípios

MULTIMÍDIA