Entre as pesquisas e o povo

*Vander Loubet

Nas últimas semanas, tenho mergulhado fundo no debate interno do nosso partido. O Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT) é mais do que uma eleição interna – tem sido um exercício de escuta ativa, de encontro com a militância, de troca de visões sobre o Brasil que estamos construindo.

Entre uma plenária e outra, entre uma conversa no sindicato e um café com lideranças de base, tenho ouvido muitas análises de conjuntura. Algumas otimistas. Outras, nem tanto. Mas todas com um ponto em comum: a inquietação com o que dizem as pesquisas eleitorais para 2026.

Pois bem. Eu também tenho acompanhado os números. Tenho visto os gráficos, os recortes por estado, os cenários com e sem Bolsonaro. E confesso: se eu fosse fazer política com base apenas nas pesquisas, talvez tivesse desistido da vida pública há muito tempo.

Mas aprendi – e o PED tem me lembrado disso – que pesquisa não é destino. É fotografia. E o Brasil é um filme em movimento.

As pesquisas mostram Lula competitivo, mesmo em estados onde a direita se fortaleceu. Mostram que, sem Bolsonaro, a oposição se fragmenta. Mostram que o povo ainda reconhece em Lula uma liderança confiável. Mas também revelam desafios. E é aí que mora o perigo: achar que os números falam mais alto que o sentimento popular.

Porque o que tenho visto nas ruas, nas bases, nas falas da militância, é algo que pesquisa nenhuma consegue captar: esperança. Uma esperança crítica, exigente, mas viva. O povo sabe que o Brasil está melhor do que estava. Sabe que o salário voltou a subir, que o arroz voltou à mesa, que o governo voltou a olhar para os que mais precisam. Mas também sabe que ainda falta muito. E é essa cobrança que nos fortalece.

A direita aposta no medo. Nós apostamos na memória e no futuro. Eles têm algoritmos. Nós temos histórias. Eles têm slogans. Nós temos projetos. E é por isso que, mesmo com todas as dificuldades, Lula segue sendo o nome mais forte para unir o Brasil em 2026.

Como deputado federal por MS, tenho acompanhado de perto o impacto positivo das políticas do governo Lula no Centro-Oeste. O PAC voltou. As obras estão andando. O crédito rural está mais acessível. A agricultura familiar voltou a ser prioridade. E o diálogo com os estados nunca foi tão respeitoso.

A eleição de 2026 será decisiva. Não se trata apenas de escolher um presidente. Trata-se de escolher entre o Brasil que avança e o Brasil que paralisa. Entre a democracia e o autoritarismo. Entre a inclusão e o abandono. E, nesse cenário, Lula é mais do que uma candidatura – é um projeto de país.

O PED tem me ensinado, mais uma vez, que o PT é forte porque escuta. E que Lula é forte porque representa. Representa o trabalhador, o agricultor familiar, a juventude negra da periferia, o indígena que resiste em Mato Grosso do Sul, a mulher que sustenta a casa, o empresário que quer crescer com responsabilidade.

Então, que venham as pesquisas. Nós seguimos com o povo.

*Deputado federal (PT-MS)

Foto: Ricardo Stuckert

REDES SOCIAIS

FIQUE ATUALIZADO

CADASTRE-SE

EMENDAS PARLAMENTARES

Conheça o trabalho do deputado Vander nos municípios

MULTIMÍDIA