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Emenda de Vander garante projetos da UFMS com grande alcance socioeconômico

Graças a um aporte de meio milhão de reais, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está executando um conjunto de projetos que integram cultura, agricultura familiar e preservação ambiental ao conhecimento científico. O recurso financeiro provém de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet (PT-MS) pelo Orçamento da União de 2020, que vê em seu mandato a possibilidade de auxiliar na interlocução entre o conhecimento científico proveniente da academia e a prática demandada pelo setor produtivo – em especial, neste caso, as necessidades da agricultura familiar, responsável por 70% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros.

A aplicação da verba abrangerá três projetos de extensão e a republicação de três importantes livros que foram escritos por professores da Universidade – obras que, por falta de recursos, estavam com as edições esgotadas e sem previsão de novas impressões que pudessem atender a demanda do público.

“Acredito que são projetos de uma plenitude muito grande. Tenho buscado pautar o meu mandato na questão das universidades, direcionando recursos para essa área, como agora. A gente sabe que, nesses últimos três anos, poucos foram os investimentos públicos feitos das universidades federais, principalmente na área da pesquisa e extensão”, pontuou o deputado Vander, que enxerga a ciência como uma protagonista essencial no contexto do desenvolvimento social, considerando os dilemas do mundo moderno (pandemia, mudanças climáticas e estagnação econômica).

Campo Grande, Jaraguari, Miranda, Corumbá, Ladário, Bodoquena, Nioaque, Bonito, Ponta Porã, Aquidauana, Anastácio e Maracaju são alguns dos municípios atingidos e beneficiados pelos projetos.

Muito além da teoria – O diferencial dos projetos da UFMS financiados pelas emendas do deputado Vander Loubet é a integração de várias áreas tendo por base o conhecimento científico, sem desconsiderar aspectos importantes da sabedoria popular encontrada nos assentamentos rurais, aldeias indígenas, quilombos e comunidades de agricultores tradicionais das localidades onde as atividades estão sendo desenvolvidas.

“Temos que fazer projetos que cumpram a missão de uma universidade, que é de ajudar o País a gerar conhecimento científico, riquezas, renda, qualidade de vida e a produção de alimentos saudáveis. Daí a importância desse apoio do deputado Vander Loubet e de termos um trabalho transversal como esse, em que há o diálogo entre cultura e ciência”, destacou o reitor da UFMS, Marcelo Turine.

Os recursos viabilizados por Vander serão aplicados em várias frentes de trabalho. Cerca de R$ 350 mil foram destinados aos projetos “Agroextrativismo Sustentável – Compartilhando Saberes e Práticas Culturais Locais”, “Agregação de Valor na Produção em Agrofloresta e de Extrativismo” e “Circulação do Projeto Escola de Música – Comunidade Tia Eva”. Outros R$ 40 mil permitirão a republicação do livro “Sabores do Cerrado e do Pantanal” e mais R$ 13 mil serão investidos em novas edições de duas outras obras importantes da UFMS, também voltadas à catalogação de riquezas vegetais típicas de biomas do Centro-Oeste.

O restante da verba será usado na elaboração de um diagnóstico – um tipo de relatório com informações dos diferentes perfis e realidades – das comunidades que sediam os projetos. O documento contará com o trabalho de pesquisadores da do Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer (Cepaer).

Sustentabilidade e Meio Ambiente – Um ponto forte da ação do deputado Vander Loubet na UFMS é o apoio à republicação do livro “Sabores do Cerrado e Pantanal”. A obra tem catalogada em suas páginas diversas iguarias, frutos e plantas, de dois dos biomas que, ao lado da Mata Atlântica e do Chaco, compõem toda a diversidade de fauna, flora e riqueza natural de Mato Grosso do Sul.

“É uma obra que traz os nomes e informações de diferentes espécies presentes nos dois biomas que dão nome ao livro [Cerrado e Pantanal] e que vai além, pois traz deliciosas opções de receitas, ou seja, é um conhecimento que pode ser aplicado no dia a dia e que, na agricultura familiar, pode ser uma alternativa de renda”, pontuou a professora Raquel Pires Campos, da UFMS.

Todo o conjunto de ações já está em andamento, inclusive, em relação às impressões dos livros. Agora, o desafio é reestruturar os passos para execução do diagnóstico tendo em vista os entraves que a pandemia tem provocado na questão de viagens e contato direto com as comunidades.

“O diagnóstico é essencial para a aplicabilidade das atividades dos projetos. Estamos conversando com os pesquisadores da UFMS e da Agraer exatamente para realinhar esses pontos”, conclui Walber Noleto, assessor parlamentar do deputado Vander que está acompanhando os projetos.

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