Lançado no final de 2018, o projeto “Agricultura Periurbana em Comunidades Indígenas de Mato Grosso do Sul” criou mais um meio concreto de subsistência e de geração de renda para para socorrer famílias de povos originários.
Coordenado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e assistido tecnicamente pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), o projeto implantou um sistema de produção de hortaliças em aldeias urbanas, com estufas para produção de mudas e telados para o plantio protegido. Os recursos para a execução do trabalho foram viabilizados pelo deputado federal Vander Loubet e pelo ex-deputado federal Zeca do PT, que destinaram emenda parlamentar para essa finalidade.
Na primeira fase do trabalho, foram atendidas as aldeias urbanas Água Bonita (em Campo Grande), 10 de Maio (em Sidrolândia) e Aldeinha (em Anastácio). Além disso, também foi contemplada a Comunidade Terapêutica “Viver Natural”, no Lageado, na Capital.
A comunidade do Lageado é a única associação não indígena a fazer parte do projeto. Sua inclusão é justificada pelo seu trabalho social vigoroso, iniciativa de Frei Jonas, que é médico formado e especializado em fitoterapia (utilização de plantas para o tratamento de doenças).
O trabalho coordenado pelo Frei Jonas atende pessoas de todas as idades e com vários tipos de tratamentos. Câncer, reumatismo, gastrite, diabetes, hipertensão, infecção hospitalar, problemas de coluna e outras mazelas são tratadas de maneira natural e com baixo custo.
Com o apoio do projeto de Agricultura Periurbana, além do auxílio na produção das plantas medicinais utilizadas pelo Frei Jonas para a confecção de medicamentos fitoterápicos, está sendo possível atender as famílias em situação de vulnerabilidade social que vivem no bairro (cerca de 500 pessoas) com hortaliças frescas, produzidas de maneira agroecológica.
Cultivo protegido – Cada comunidade atendida pelo projeto recebeu uma estufa com 84 metros quadrados e áreas com telas, todas equipadas com sistema de irrigação, o que permite a produção tanto no inverno (quando o tempo é seco) quanto no verão (quando as chuvas e o calor são intensos). Também são fornecidos insumos, sementes e ferramentas. Nas estufas são produzidas mudas de verduras folhosas (alface, couve, cheiro verde, almeirão, rúcula etc.) que são transplantadas nos canteiros telados. O modelo de produção é sustentável, com economia de energia e água e manejo de pragas sem uso de defensivos químicos.
(Éder F. Yanaguita – Ascom/Dep. Vander Loubet)